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Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)

Uma das maiores queixas apresentadas pelos pais de criança com o diagnóstico de TDAH no consultório é sobre a dificuldade em lidar com as impulsividades de seu filho. E sempre, perguntam o porquê dessa característica e se está relacionada ao diagnóstico. E a resposta é sim, é sim uma das possíveis comorbidades do TDAH. Para saber o motivo, vou explicar de uma forma breve o que é o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Segundo a Associação Brasileira de Déficit de Atenção, O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e as suas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e é responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento.

Então, assim explica a dificuldade da criança em inibir suas ações. A inibição pode manifestar-se em três níveis diferentes, nível motor, atenção e de comportamento. Por isso as crianças apresentam dificuldades para ficar sentado durante a aula (motor), inibir ruídos externos (atenção) e de pegar sem pedir alguma coisa, ou apertar algo que não pode (comportamento).

Assim, é necessário paciência dos Pais e responsáveis por essas crianças, porque são ações que não estão no controle delas. Por isso neste caso a importância do acompanhamento da Psicóloga, para que haja treinamento dos responsáveis e orientações especificas de como lidar e agir diante dessas dificuldades. Crianças com TDAH necessitam de apoio e estimulações adicionais, assim o trabalho em equipe é essencial, fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicologia. Alguma duvida? Entre em contato conosco.

Como é realizada a Terapia de IS?

A Terapia de Integração Sensorial é baseada na promoção de estimulação sensorial controlada por meio de brincadeira e atividades lúdicas com participação ativa da criança. Os objetivos gerais da terapia são: promover a auto-regulação e aumentar a habilidade para manter atenção em atividades relevantes, melhorar a coordenação e planejamento dos movimentos para que a criança obtenha sucesso nas atividades de seu interesse, melhorar a autoestima e confiança nas próprias habilidades e melhorar a participação social e aceitação da criança nos diversos ambientes.

A quem atende esta Terapia de IS?

Crianças com distúrbios de aprendizagem (sem nenhum diagnostico), disfunções neurológicas, DPS (Desordem do Processamento Sensorial), TEA (Transtorno do Espectro Autista), TDAH (O Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade).

Quem está habilitado para a aplicação da integração sensorial?

O terapeuta ocupacional é o profissional que está habilitado para avaliar e aplicar a técnica de Integração Sensorial. Para isso é exigido formação específica e treinamento adquirido através da Certificação em Integração Sensorial e outros cursos que ofereçam teoria e prática do método.

Transtorno do Processamento Sensorial 

Constantemente, crianças com Transtorno do Processamento Sensorial são mal interpretadas, mal diagnosticadas e injustamente punidas, porque suas ações são interpretadas como comportamento “mau” em vez de um problema neurofisiológico.
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Podemos dizer que todos nós apresentamos dificuldades em processar alguns estímulos sensoriais (um certo toque, olfato, paladar, som, movimento, etc) e todos temos preferências sensoriais. Mas, é correto dizer que um transtorno do processamento sensorial é detectado quando ocorre em extremos, ou seja, torna-se uma experiência perturbadora, com impacto significativo sobre a capacidade de desenvolvimento e suas atividades de vida diária. É essa ruptura que gera uma disfunção neurológica chamada Transtorno do Processamento Sensorial.
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Essencialmente, este transtorno interfere na forma com que o cérebro recebe, processa e responde as informações que chegam através dos estímulos sensoriais: paladar, audição, visão, tato e olfato. Além desses sentidos interfere também nos sistemas proprioceptivo e vestibular, que são responsáveis pela capacidade em que o cérebro interpreta a posição do corpo, peso, pressão, alongamento, movimentos e alterações na posição do corpo, no espaço.
Agora vamos falar um pouquinho sobre as características específicas de crianças que apresentam alterações no processamento sensorial. Existem dois tipos de falhas no processamento, hipo e hipersensibilidade.
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Hipossensibilidade é quando a criança apresenta dificuldades para receber as informações, sendo necessário bastante excitação para que ela percebe e sinta este estímulo, segue abaixo alguns exemplos: Sobe em coisas muito altas, Gosta de Girar, Coloca a boca/lambe coisas não comestíveis (móveis, brinquedos, corpo)
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Hipersensibilidade é quando a criança apresenta muita sensibilidade aos estímulos, ou seja, ela percebe e sente os estímulos com muita facilidade, segue abaixo alguns exemplos: Cobre as orelhas quando há barulho (odeia aspirador, liquidificador, secador de cabelo), é excessivamente seletivo com a comida (prefere uma textura específica ou sabores básicos), não gosta de ser tocado (não é uma criança que curte abraço ou ficar aninhada no colo).
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Pesquisadores americanos informam que TPS afeta 1 em cada 6 crianças em diferentes graus de intensidade, sem que os pais e cuidadores percebam isso.
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Caso você tenha identificado alguma dessas características em seu filho, procure um Terapeuta Ocupacional especializado em Integração Sensorial.
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O tratamento com um terapeuta pode tornar a vida desta criança mais fácil, pois o cérebro é mutável, adaptável e flexível. Entre em contato conosco e tire suas dúvidas!