Transtorno do Processamento Sensorial 

Constantemente, crianças com Transtorno do Processamento Sensorial são mal interpretadas, mal diagnosticadas e injustamente punidas, porque suas ações são interpretadas como comportamento “mau” em vez de um problema neurofisiológico.
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Podemos dizer que todos nós apresentamos dificuldades em processar alguns estímulos sensoriais (um certo toque, olfato, paladar, som, movimento, etc) e todos temos preferências sensoriais. Mas, é correto dizer que um transtorno do processamento sensorial é detectado quando ocorre em extremos, ou seja, torna-se uma experiência perturbadora, com impacto significativo sobre a capacidade de desenvolvimento e suas atividades de vida diária. É essa ruptura que gera uma disfunção neurológica chamada Transtorno do Processamento Sensorial.
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Essencialmente, este transtorno interfere na forma com que o cérebro recebe, processa e responde as informações que chegam através dos estímulos sensoriais: paladar, audição, visão, tato e olfato. Além desses sentidos interfere também nos sistemas proprioceptivo e vestibular, que são responsáveis pela capacidade em que o cérebro interpreta a posição do corpo, peso, pressão, alongamento, movimentos e alterações na posição do corpo, no espaço.
Agora vamos falar um pouquinho sobre as características específicas de crianças que apresentam alterações no processamento sensorial. Existem dois tipos de falhas no processamento, hipo e hipersensibilidade.
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Hipossensibilidade é quando a criança apresenta dificuldades para receber as informações, sendo necessário bastante excitação para que ela percebe e sinta este estímulo, segue abaixo alguns exemplos: Sobe em coisas muito altas, Gosta de Girar, Coloca a boca/lambe coisas não comestíveis (móveis, brinquedos, corpo)
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Hipersensibilidade é quando a criança apresenta muita sensibilidade aos estímulos, ou seja, ela percebe e sente os estímulos com muita facilidade, segue abaixo alguns exemplos: Cobre as orelhas quando há barulho (odeia aspirador, liquidificador, secador de cabelo), é excessivamente seletivo com a comida (prefere uma textura específica ou sabores básicos), não gosta de ser tocado (não é uma criança que curte abraço ou ficar aninhada no colo).
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Pesquisadores americanos informam que TPS afeta 1 em cada 6 crianças em diferentes graus de intensidade, sem que os pais e cuidadores percebam isso.
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Caso você tenha identificado alguma dessas características em seu filho, procure um Terapeuta Ocupacional especializado em Integração Sensorial.
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O tratamento com um terapeuta pode tornar a vida desta criança mais fácil, pois o cérebro é mutável, adaptável e flexível. Entre em contato conosco e tire suas dúvidas!